quinta-feira, 19 de maio de 2011
“Obras Desnecessárias”
Caros leitores, hoje, quem passa pelas estradas do nosso Concelho, vê por todo o lado obras e máquinas a trabalhar. Será que é por estarmos em pré-campanha eleitoral de Eleições Legislativas, ou por necessidade de mostrar que se está a fazer alguma coisa! Bem sei que as sondagens destas eleições mostram que as mesmas, vão ser duras e dificeis. Bem sei que cada voto conta, mas este espectáculo, que vimos assistindo todos os anos antes das eleições, dá pouca vontade de pagar bilhete. A Câmara está com grandes dificuldades financeiras, como é sabido por todos. Ou não foi esse o único motivo que impediu a abertura do Centro Educativo de Ançã, agora anunciada para Setembro?! Deixa-me confuso e perplexo o cenário que todos temos vimos assistindo antes das eleições. Colocar “tapete novo” em todas as estradas do concelho até à abertura das urnas, foi um espectáculo deprimente, numa altura, em que se sabia, que brevemente seria necessário fazer obras no concelho, para concluir o saneamento básico. O Saneamento Básico têm de estar terminado antes de 2013, se não a Câmara não recebe o apoio comunitário para esse fim. Este, já foi iniciado há mais de 10 anos. Voltando ao ponto incial, ou o coordenador de campanha considerou que seria essencial tal manobra para ganhar mais uns votos e vencer as últimas eleições, ou é necessário dar dinheiro e trabalhos extras a algumas empresas, prejudicando dessa forma, as contas da autarquia. Vejamos por exemplo, o que aconteceu nos anos de 2008 e 2009, ano de eleições autárquicas. O passivo da Camara Municipal aumentou 38%, aumentou mais de 9 Milhões de euros. Pelos vistos, deve ter saído o Euromilhões à Câmara Municipal de Cantanhede, tudo para mostrar obra, para ganhar eleições. O ridículo da situação é que alguns meses depois, destruisse a obra feita, e voltasse a construir de novo, e assim sucessivamente. Não consigo compreender esta forma danosa de gerir o dinheiro público, dinheiro esse, provindo dos nossos impostos. É também por este tipo de atitudes, que o nosso país chegou ao ponto dramático que agora se encontra. Falta no nosso concelho a consciência de gestão rigorosa, criteriosa, eficiente, da aplicação do dinheiro público. Este deveria ser aplicado para fazer face às reais e efectivas necessidades da população do nosso concelho, e deixar de brincar às obras que ora se fazem, ora se desfazem.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário